23 de dezembro de 2007


Não foi ha muito tempo que os tempos de pequena passaram por mim. E eu lembro-me tão bem deles que ás vezes parece que foram mesmo há cinco minutos e que, se me apetecer, ainda posso entrar ali, na escola primária de móveis antigos e método velho, e ninguém notará que já não tenho idade para isso. Que se escancarar o portão de casa da inês com risos de galhofa e promessas de muita brincadeira ninguém me diz que não nem me manda embora. Que se andar pelo recreio aos berros a juntar meninas para jogar à macaca não há quem não se junte há filinha indiana. Mas é em dias como o de hoje que eu percebo que um dia errei. Um dia que eu nao encontro no calendário e muito menos vou a tempo de apagar eu deixei de os ter e de contar com eles. Passaram a seguir-me em filinha indiana quando não há mais nada. Passaram a brincar comigo quando não há mais ninguém.
Há dias que não sou mais do que um resto e se querem que vos diga ... odeio-me por isso!

(isto é so um desabafo)

11 de dezembro de 2007

Parei de repente, ilucidei-me da paisagem que está fora da janela, tomei conta das formas rectangulares dos prédios simétricos, do intervalo irregular das luzes em quadrados de vidro, do piscar indeciso dos semáforos, dos enfeites pirosos mas natalícios, do escuro do céu desencantado de inverno. Dei um golo na cevada solúvel que já só sabe a saudade das gargalhadas e daquele abraço de quando "Vamos a casa da avó". Olhei para a novela e não ouvi comentários, nem perguntas do género "mas esta é casada com quem afinal?". Ninguém me disse "são horas de ir para a cama!", nem "Ajuda-me a tirar a mesa!". Não lutei com ninguém por uma mantinha nem por um banco à lareira. Não sujei a sala de cascas de castanhas. ...
Apercebi-me, como se fosse a primeira vez que olhasse o exterior, que vai ser isto que vou ver por tempo incerto. Já não vão ser aquelas árvores gigantes, desfolhadas e assombradoras a agitar-se ao vento, nem a linha quase perfeita de luzinhas que vou ver para lá da cortina do meu quarto pequenino e quente. É como se estivesse escrito lá fora, num outdoor a letras garridas e grandes, "O que foi não volta a ser...". Descortinei que se perde sempre qualquer coisa para se ganhar uma mão cheia delas!

29 de novembro de 2007

Agora é preciso um fio bem maior para que o meu copo de yogurt se ligue ao teu e podermos conversar como se fazia quando se era criança (apesar de não te conhecer ainda nessa época). Eu espero que não te esqueças do quanto gosto de ti, não quero que lá porque não haja fio deixes de telefonar e permaneças nesse silêncio triste que não me lembra o rapaz que ria e inventava barbaridades terriveis comigo. Quero que sorrias por existir tecnologia que nunca nos vai deixar longe.

Sabes que se eu pudesse te dava o Mundo, nao sabes?

Ti adorooo* meu manooo!

26 de novembro de 2007

A ti, Coimbra.

Recordo-me do dia em que deixaste de encher o meu olhar e de ser cenário dos meus dias. Tu que és pequenina e te deixas adormecer no Mondego assim que a noite cai e os teus estudantes de capas negras se deitam. Tu que foste capital e que ensinas tanto quanto as pedras gastas da calçada que tens. Tu que me viste nascer e fizeste crescer feliz dando um sabor especial à minha vida …Pensas que te esqueci, que te troquei? Não minha querida, aliás, tenho imensas saudades tuas e das minhas pessoas que ainda vivem por aí, em ti. Expliquei-te que tinha de partir, afinal, "o sonho comanda a vida". Agora é Lisboa que me embala e acorda sempre num frenesim que aí não tens. Passeio-me em ruas que não conheço, em transportes públicos confusos, nesta babilónia de cores, de cheiros, de dialectos e sotaques. A cidade das sete colinas onde descansou Ulisses e eu começo uma vida nova, cheia de gente que nunca vi e de coisas que ainda não aprendi.
Vim perder-me Sozinha (ou Acompanhada!), atrás de um Sonho, atrás de uma Vontade, atrás de Palavras e Versos perdidos, Atrás de Rostos e Acontecimentos. Pensas que não tenho medo, que não me assusta viver sem a tua certeza? Claro que seria mais fácil andar nesses teus caminhos que já sei de cor mas sei que sabes que temos de optar. Tenho a certeza que me acolherás se me perder. E, como te cantam tão bem, "Coimbra tem mais encanto na hora da despedida".

16 de novembro de 2007

E quando os sentidos pensavam já te saber de cor ouvi-te cantar! Senti na pele o gemer choroso da guitarra, ouvi os incansáveis aplausos e o trautear das canções tão tuas e nossas. Vi esse pesar triste do povo que vai, vem, contrói, desconstrói mas te ama sempre por essas ruas de calçada gasta, de cheiros tão teus. E não me cansei de esticar o pescoço, de sorrir e bater palmas, muitas palmas. Minha Lisboa... Meu fado, meu fado, meu fado!

29 de outubro de 2007

Que saudades minha querida de ver esse teu sorriso rasgar essas grandes bochechas gordinhas; de te ver chegar da escola a falar muito, imenso; de te ver dançar sem vergonha, sem medo dos que te olham, apenas porque tens um sonho; de te ver implorar que te vão deitar e aconchegar os lençóis sem nunca confidenciares o pavor que tens do escuro e da solidão; de te ver agarrada ao pescoço da mãe e da avó e do pai. Que saudades...
E pensar que não te volto a ver, nem a sentir. Agora pertences à memória oral de todos os que te conheceram e tomaram como especial, como eu. Ficas no papel brilhante impresso a cores nas tuas melhores poses e melhores momentos: desde que vieste ao mundo até que cresceste de vez e deixas-te de precisar que te deitassem e aconchegassem.
Que saudades minha querida ...

21 de outubro de 2007

Amarelo? Triste é vestir amarelo sem sentir amarelo quando a sala, a casa e tudo ficam vazias de vozes, de risos, de abraços. É beber café sem lhe sentir o gosto e o quente das conversas com a avó. É fechar os braços sem sentir um abraço.
A noite leva-me a vontade, o sorriso e a capacidade para gesticular palavras num texto com nexo.
Amanheceu, está frio. Um frio que enrigece e fixa o cinza do vazio. Os raios de sol não se espreguiçam até tocar no meu rosto e nos meus caracóis desfeitos, não me trazem o amarelo nem devolvem o sorriso néctar.
Levanto-me a custo, rastejo-me até à aula e na sala só consigo ouvir uma voz, ao fundo, com uma conversa que não me entra nem me faz sentido.
Vendem-se certezas? É que eu preciso de algumas

Só queria mesmo dizer que tenho saudades dos meus amarelinhos ...

15 de outubro de 2007

Da janela vejo janelas, pequeninos quadradinhos de luz alinhados e mudos. Na rua passa um carro aqui e outro ali, de vez em quando. Os semáforos estão de um amarelo indeciso. Já te disse que as cores desmaiam quando te vais embora? E o silêncio se torna barulhento e perturbador dos sentidos? Há tantas coisas que nos esquecemos de dizer, não é? Estamos sempre demasiado preocupados em consumir os minutos, os segundos da forma mais sôfrega. Quando te vais embora é que me lembro de tudo o que te devia ter dito e não disse. Por isso tenho sempre saudades tuas, do teu cheiro, dos teus olhos, do teu quentinho.
Amanhã é "o primeiro dia do resto da minha vida" e como eu gostava que subisses aquelas escadas de terra batida e à entrada me desses um beijo na testa para eu me sentir forte.
As surpresas existem, sabias?

17 de setembro de 2007

É a hora! Escolho a mala maior e encho do que posso. Roupa, objectos pessoais e um atafulhado de recordações que nunca deixo para trás! A vida vai na mala e à medida que aperto o fecho o coração aperta.
Vocês, amigos, vão comigo! Para eu não me sentir sozinha à noite, quando o silêncio ecoa ruidoso nos meus pensamentos e quando o escuro me arranca as paredes, o chão e tudo. Levo-vos para me darem um abraço e um beijinho de boa noite, para me dizerem que estou a ir bem ou que o caminho não é bem esse, para vos sorrir e dizer que são especiais.
Não pensem que isto é uma despedida. É apenas um "Volto já"!
Os amigos não se despedem, pois nao?

2 de setembro de 2007

Parte III

Agarraste-me a mão e passeámos na praia, naquela areia que já não me parecia fria. Estava quase a amanhecer e à medida que os raios de sol nos tocavam a pele eu segurava com mais força a tua mão, tinha medo que fosses embora, que voltasses à tua vida atarefada e desligada do meu mundo e da minha loucura por ti.
E, quando já era dia, quando já tudo era sol, olhaste-me nos olhos muito sério. Eu, cheia de medo, limitei-me a baixar a cabeça, como se esperasse a pior das tuas frases. Foi aí que abriste o teu lindo sorriso e me disseste "Sim, quero ficar contigo para sempre!".

6 de agosto de 2007

Virei a página e agora que carregava cuidadosamente a tinta da china o meu rascunho de tanto tempo, de tantas vontades e indecisões abres os olhos e julgas que se me abanares o braço direito enquanto estou a escrever, como me fazias nas aulas à três anos atrás, podes reescrever a minha página e favorecer-te de novo.
Imaginas quantas vezes chorei por não te ter? Imaginas quantas vezes me roubaste o sorriso dos lábios com as tuas respostas tortas? Imaginas quantas vezes te quis aqui?
Agora é tarde! Guardei-te na caixa empoeirada do sotão, aquela que abro quando as coisas aqui, no presente, não dão muito certo. Porém és de lá, daquele tempo, na mesma. Não te quero aqui a reavivar-me a memória para me fazeres desejar-te outra vez.
O novo capítulo é cheio de amarelos e sonhos. De pessoas novas, sorrisos doces e abraços ternos. Não me interpretes mal ... és eterno mas Virei a página!

5 de agosto de 2007

Sabes aquele arrepio que nos nasce no estômago e se espalha por todo o corpo? Sim, aquelas borboletinhas, aquela vontade que só termina quando o meu corpo se encontra com o teu e nos deixamos levar em risos e olhares cúmplices, loucos. E depois continuar juntinha a ti para não ires nunca.
Dá-me mão, vamos passear ali onde o Tejo se junta ao Atlântico. Com a brisa de verão a acariciar-nos a cara, com as estrelas e a lua a iluminar o nosso reencontro e por fim eu prometo que te mato a sede.
Vamos ?

3 de agosto de 2007

Construo as paredes do meu mundo novo. Uma pincelada e outra de cor, de muita cor para que tudo fique perfeito. Uma mesa, uma cadeira, um miminho aqui e ali. Um sonho que se materializa. Mas morro de medo e a minha cabeça estoira de dúvidas. E se não for para lá? E se a saudade for insuportável? E se me sentir sozinha? E se falhar?
É nestes dias que o amarelo desmaia para o cinzento e me entrego aos lençóis, ao quarto a meia luz, ao sofá, às recordações encaixotadas. É nestes dias que abraçar-te seria tudo. Devolves-me a paz e a certeza de que viver é bom. É bom, não é? Dás-me uma força e paciência que só conheci em mim quando apareceste na minha vida e me mostraste que lutar nunca é em vão. Não que o tivesses dito alguma vez mas nem precisas de falar para dizer tanta coisa.
Conto os segundos, preciso de te ver.
Ajudas-me ?

27 de julho de 2007

Parte II

Madrugada! O sonho era lindo mas não passava disso e então chorava sempre que acordava com o barulhinho do mar no jogo de encontros e desencontros com a areia. Abria os olhos e logo depois voltava a adormecer. Pelo menos que o sonho me enchesse de cor, de amarelo, de risos.
Até que senti pentearem-me o cabelo com os dedos, uma respiração ofegante, ar quente no rosto e por fim um toque nos meus lábios. Abri os olhos e eras tu. A tropeçar em desculpas e beijos. A correr para não chegar atrasado, como sempre. Vieste meu amor, vieste!
Como é bom ter-te de novo, tão tu, tão meu!
Ficas para sempre?



Não sei escrever textos quando estou Feliz! (Desculpa meu amor*)

25 de julho de 2007

Parte I

E ir com o vento por te querer! Correr, correr, correr à beira mar, com a luz do sol que já vai fundo no horizonte e a brisa morna na cara a despentear-me ainda mais o cabelo. A praia vazia e eu cheia de memórias, de pensamentos mas tão só, como ela.
Corri até não poder mais, até as lágrimas me turvarem de todo a visão e me atirar para a areia fria. A Lua já substituiu os últimos raios de dia e eu não tinha forças para voltar para trás. Nem podia, pois não? Já me tinha emaranhado naquele caminho, naquelas promessas, naqueles sonhos, naquele amor tão grande.
Deixei-me ficar pela fé, pelo pensamento mágico, pela esperança. Alguém havia de aparecer ou viria o sol, novamente, para encher a praia de novo. Nada estava perdido, pois não?
Aninhei-me em mim como um bicho de conta e adormeci embalada no vento sem te ter!
Ainda vens?

15 de julho de 2007

Devaneios Citadinos

Fim de tarde!
A cidade é escoada para os arredores em carros e transportes públicos que deixam para trás um fumo que enegrece e entristece a cidade cada vez mais só. A multidão quase corre numa ânsia sôfrega de que o tempo passe à velocidade dos pés e o sofá fique mais perto de desfrutar.
Sou uma deles! Transpiro calor e cansaço numa aflitiva espera pelo autocarro, atrasado com sempre. A ouvir a minha música de sempre que varia entre o triste e o repetitivo e vai agudizando o meu estado de espírito. Observo os meus companheiros de "cela".
Uma senhora na casa dos "entas", com cara de quem vive numa aldeia dos arredores desde que se conhece, desabafa a sua vida num tom de reza que faz com que as pessoas levantem a sobrancelha. Tem vestidas umas roupas um pouco do século passado, de saia e uma camisa demasiado folclórica que lhe conferem um ar caricato. É a mais apelativa naquele pequeno leque de população trabalhadora e estudantil que espera e desespera naquele final de dia de trabalho estafante e monótono.
Finalmente chegou o maldito transporte colectivo e, para variar, vem a abarrotar. Um misto de vozes e cheiros nem sempre agradáveis. Demasiada gente de pé aos trambolhões, uns contra os outros. O espelho da sociedade. Encosto-me de pé a uma janela e observo a vida do lado de fora. Já passa uma brisazinha e o sol começa a esconder-se no horizonte. A cidade mergulha num mar de poeira e néon dos anúncios luminosos.
Passo pela zona mais actual da cidade e mergulho no antigo e belo, nos locais que me fazem amar esta cidade que é minha. Arcos do jardim, Jardim da Sereia, Praça da República. A cada paragem alguém suspira, alguém olha repetitivamente para o relógio, alguém sai, alguém entra. E eu deixo-me ficar a passear nos meus pensamentos e saudade de sempre agravadas pelos locais, pelas músicas, pelos suspiros.
Desço na paragem do Jardim da Manga juntamente com uma grande massa que sai desordeiramente sem respeitar ninguém. Sigo o meu caminho a brincar com os passos, a andar distraída pelos desenhos da calçada, bem no meio da rua, praticamente sozinha, visto que a maioria das pessoas que ainda circulam prefere quase colar-se às montras das lojas e olhar para o chão como quem se esconde da vida. Um rapaz de olhos verdes aguados e tristes tenta incutir um autocolante de uma associação qualquer a uma senhora cheia de sacos de compras que, friamente, lhe atira a frase de sempre, "Não tenho dinheiro nenhum!". Antagónico no mínimo. Mais à frente um velhinho deitado num banco de jardim. Roto e sujo, que me aflige e entristece. Olho à volta na esperança de encontrar a paz que me seduz. Nestes momentos em que a realidade nos assalta dá uma vontade imensa de abraçar a felicidade, os amigos, para ter a certeza de que tudo está bem, pelo menos para nós!
Chego à Portagem e olho para noroeste de frente para o rio e vejo um lugar que me lembra o "Nós" de que sinto saudade. Oiço os risos, estendo os braços para os abraços, sinto o "click" da máquina fotográfica, cheiro a felicidade e fico por momentos ali, paralisada à espera do que não volta. Até que um barulho me chama a atravessar a estrada e continuo, pela ponte de Santa Clara. Olho o ondular calmo e triste do rio cada vez mais negro que susurra uma história de amor a cada passagem suave do vento.
Por fim sento-me num banco do Estádio Universitário à espera que o tempo passe e chegue a hora de mais um treino, onde se fala mais do que se exercita. Daqui vejo toda a cidade. A torre da Universidade, a Sé Velha, a Sé Nova, entre outras casa e monumentos que desmaiam sobre o Mondego como uma multidão cansada e desalenta. Farta de ver, farta de sentir, farta de sorrir, farta de ouvir, farta de contar, farta de beber, farta de saber. Cansada de Velha!

Texto escrito no âmbito da disciplina de Português - 11ºano
A noite chegou escura e muda. Hoje nem uma estrela ficou para me contar uma história de embalar. Só o silêncio ensurdece os meus sentidos de palavras feias e pensamentos maus. Traz-me à lembrança os braços vazios, os dedos sozinhos, os lábios secos e os olhos brilhantes de choro, de raiva. Perdoa-me as repetições! É a tristeza que me move e é a tua ausência que está por trás dela. Sabes isso melhor do que ninguém, não sabes? Então agora explica-me ... Porque te escondes ?

14 de julho de 2007

Procuravas a minha mão com a tua até ficarmos com os dedos entrelaçados; mordias o lábio quando olhavas para mim e beijavas-me só porque era tua, só porque eras meu; dizias que era linda e que nem imaginavas a vida sem mim; abraçavas-me com tanta força que chegava a perder o fôlego para depois desmaiar no teu peito, no teu cheiro; percorrias com as mãos, de olhos fechados, a minha cara, o contorno dos meus lábios; passavas as mãos grandes no meu cabelo e olhavas-me cheio de loucura nos olhos enormes. Fazias-me sentir amada, feliz, completa!
Amaste-me como mais ninguém o soube fazer, até hoje. Por isso, em dias que fazem nascer noites sem sentido, sem chão, vazias, lembro-me de ti e tenho medo. Medo de nunca mais ser amada de verdade, de ninguém me querer assim tão eu ... insegura e alegre, incerta mas tão apaixonada!

10 de julho de 2007

Trago-te sempre debaixo de olho e nunca te vejo. Só te sinto, a passear na minha cabeça com passos pesados de lembrança. Ás vezes recordo-me dos dias bons em que me afagas o cabelo e abraças para matar a saudade que é sempre tanta. Mas em dias como o de hoje o pensamento é penoso, martela-me a mágoa do incerto e da ausência. E, para piorar, engendro as piores hipóteses nesta caixinha que já está tão cheia de te querer aqui!
Porque te escondes?

9 de julho de 2007

Os dias ficaram mais escuros desde que desliguei o telefone naquela tarde. Eram más noticias! Disseram-me que já não existem certezas nenhumas, que agora tudo ficaria pior, mais complicado e, ficou mesmo. Carreguei chorosa nos botões do telefone para te contar, na esperança de que percebesses a minha urgência em ouvir alguma coisa que ficasse por tanto tempo quanto a dor do futuro que é incerto. Acho que não percebeste ...
Ao fim de quase um ano este é talvez o momento em que mais preciso da certeza que existes e que nem tudo é em vão...não me soubeste dizer as palavras que devias, ou melhor, que eu queria ouvir.
Porque te escondes?!