2 de janeiro de 2008

A despedida foi dura como sempre. Subo as escadas com pressa de sair daquele túnel igual e claustrofóbico, piso em passos pequenos as gotas de chuva derramadas no alcatrão, abro os braços, respiro o mais fundo que consigo até sentir todo aquele ar por dentro com esperança que o ventinho me desfizesse o nó da garganta. Enfim o doloroso e não raro triste regresso a casa, à casa que não é bem casa mas aos poucos vai ter de ser isso mesmo. O silêncio abunda, o frio não deslarga, o nó aumenta.
Há dias assim, há muitos dias assim. Aqueles dias em que as lágrimas são só lágrimas porque o têm de ser, porque não existe razão nem palavras que as explique. Afinal a paisagem não mudou, as pessoas também não e se eu quiser até consigo dar um ar festivo aos semáforos indecisos de amarelo.
Mas ... não tenho força para isso!

Ano novo, Nini antiga :S

2 comentários:

LiLi disse...

ainda bem que a velha ni continua...porque eu gosto dela assim =D

tambem eu tenho saudadinhas de estacionar o meu carrinho ali bem apertadinho e dar beijinhos no carrinho de tras e de correr para o teu predio e chegar a casa cheia de gente ou mesmo so contigo ja eu ficava bem contente =)

beijao ni <3

Alexandra Bigotte de Almeida disse...

Nem sabes Nini...este teu texto é por e simplesmente...perfeito. Expressa tão bem o que sinto...volta e meia lá estou eu a pairar sobre as ruas lisboetas. E a saudade...apesar de ser só um dia. Aperta. Talvez seja mais o medo de que aquilo se torna rotina diaria...a despedida. E sabes que mais...deu-me vontade de escrever sobre isto.
Nini antiga...gosto :)